Parcelas | Total | |
---|---|---|
1 x | de R$4,99 sem juros | R$4,99 |
Parcelas | Total | |
---|---|---|
1 x | de R$4,99 sem juros | R$4,99 |
Parcelas | Total | |
---|---|---|
1 x | de R$4,99 sem juros | R$4,99 |
Com Domingos sem Deus, última parte da pentalogia Inferno Provisório, Luiz Ruffato encerra o ambicioso projeto de reflexão literária sobre a formação e evolução do proletariado brasileiro a partir da década de 1950 até o início do século 21. Vencedor dos principais prêmios da literatura na América Latina e dono de uma apuradíssima arquitetura literária, que faz dele um dos melhores autores de sua geração, Ruffato dá prosseguimento à saga de uma comunidade de imigrantes italianos e seus descendentes no interior de Minas Gerais. A partir das pequenas e miseráveis vidas de seus personagens — os invisíveis, os desgraçados, os desterrados, os esquecidos —, a série, iniciada com Mamma, son tanto Felice (2005), O mundo inimigo (2005) — ambos laureados com o Prêmio APCA de melhor ficção —, Vista parcial da noite (2006) e O livro das impossibilidades (2008), apresenta um painel das mudanças ocorridas no país nas últimas décadas. Assim como os volumes anteriores, Domingos sem Deus é composto de histórias independentes que formam um mosaico. “Cada história está transpassada de outras histórias e a história do Brasil está presente como atmosfera, não como pano de fundo ou como substância definidora. Por isso, com o término da última história, que se passa em 2002, ponho fim a este capítulo da minha trajetória literária”, explica o escritor. Desde O Livro das Impossibilidades, já havíamos nos encontrado com seus personagens longe de Cataguases ou de outras cidades próximas: muitas viagens fugindo daquele pedaço de Brasil “estagnado no tempo” e “sem futuro”. Agora nos são oferecidos alguns destinos pessoais, que parecem ser emblemáticos na diversidade da migração movida pela esperança de dias (talvez) melhores. Vidas que enfrentam a dura realidade de idas, empregos pobres, famílias formadas com dificuldade e voltas. São narrativas de solidão, amores, traições, filhos pouco desejados, trabalho sem fim e algumas conquistas. Por meio de flashbacks e lembranças, o leitor do Inferno Provisório reencontra o Beco de Zé Pinto, o Rio Pomba e a trama de personagens do universo que Ruffato vem construindo, ao longo do tempo. Domingos sem Deus apresenta ainda a novidade de personagens já identificados com a classe média que, não sem assombro, interagem com o proletariado. “O objetivo dos meus personagens sempre foi subir na vida. Eles sempre quiseram comer bem, morar bem, consumir. Eles sempre quiseram ser inseridos no mundo capitalista. Por isso, não há, da minha parte, nenhuma glamourização da miséria. A pobreza é terrível, não tem nada de romântico. A luta foi e é pela melhoria das condições de vida”, diz Ruffato que, antes de tornar-se jornalista e escritor, trabalhou como pipoqueiro, atendente de botequim, balconista de armarinho, operário têxtil e torneiro-mecânico. E assim, nesse cenário cruel, tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe de todos nós, Ruffato conclui esse retrato pungente do proletariado brasileiro, que parecia ser uma dívida da literatura nacional.
ISBN | 978-85-01-07512-3 |
---|---|
Data de publicação | 23/09/2011 |
Editora | Record |
Acabamento | B504 |
Altura | 21 |
Ano da Edição | 2011 |
Autor | Ruffato, Luiz |
Idioma | Português |
Largura | 14 |
Número Da Edição | 1 |
Número De Páginas | 112 |
Peso | 170 |
Espessura | 0,9 |